domingo, 22 de fevereiro de 2009

A Marca de um crime - meus filmes

A Marca de um crime

A história de um detetive que tem que enfrentar o seu maior caso. Houve um crime, uma garota foi estuprada e morta perto de uma universidade de São Paulo. Brutalmente violentada. Um suspeito não se torna um assassino, mas sim um assassino que se torna um suspeito. Todo local de assassinato o culpado sempre deixa uma marca. Mistério. Rafael Lemos é um detetive que tenta se concentrar no trabalho e ao mesmo tempo se relacionar com a sua filha Daniela que nunca se dá bem com a sua futura noiva Thaís Souza. Detetive é um pai que se separou da sua ex-mulher Jennifer que sempre entram em confrontos. Ela por sua vez é uma ótima dona de casa e trabalha só nos fins de semana. Jennifer Lemos é uma corretora que tem um chefe chato sempre enviando os piores compradores da cidade. Jennifer fica com a Daniela nos dias de semana e o Rafael fica nos fins de semana. Brendo, chefe do Rafael, o melhor policial que São Paulo já teve. Detetive tenta esquecer o seu antigo parceiro que foi morto no tiroteio. Seu novo parceiro é Michael, um respeitável detetive no Rio de Janeiro que foi transferido para o São Paulo. Rafael e Daniela voltando do supermercado:
- Está ansiosa para o fim de semana?
- É. Estou.
- Nossa! Que alegria.
- Pai se eu contar uma coisa, você vai brigar comigo?
- Nunca briguei com você.
- Pai.
- Só uma vez.
- Só uma vez?
- Talvez duas ou três. O que aconteceu?
- Eu conheci um cara na faculdade e ele me pediu em casamento. Você acha isso errado?
- Não. Nem sabia que foi tinha namorado. Por que você nunca contou?
- Por causa do divórcio.
- E ele é um bom rapaz?
- É. Ele vai sair da cadeia daqui a um mês. Brincadeira.
O pai não gostou nada brincadeira, mas logo depois deu uma risada também.
- 20 anos é uma idade para se casar. Mas só vai se casar depois se formar.
- Pai. Tudo bem falta só mais um ano.
- E quando posso conhecer ele?
- Logo.
- E sua mãe sabe?
- Sabe.
- Oi vocês chegaram?
- Não, ainda estamos no mercado.
- Daniela, mais respeito.
- Ela não é minha mãe.
- Mas é minha futura noiva.
- Está bem.
Quando a Daniela ia cumprimentar a mão dela, perguntou:
- Onde está o meu quarto?
- É só subir e virar á esquerda.
- Valeu!
- Desculpa. Ela está na faculdade e age como adolescente.
- Amor, ela é uma adolescente.
- Ela já tem 20 anos. Faculdade é um lugar para se tornar um adulto e ter uma vida independente. Sabia que ela está noiva?
- Isso é bom não é?- Não. É péssimo. Acabei de saber. Tinha um namorado e nem me contou.
- Talvez ela tenha medo.
- Ela falou que foi por causa do divórcio.
- Quer que eu converso com ela?
- Se você consegui.
- Me dá um beijo.
- Alô, estou aqui.
- Vou conversar com ela.
- Está bem.
Subindo nas escadas, Thaís pensando o que vai falar com a Daniela.
- Posso entrar?
- Você está na sua casa, não precisa bater.
- Você gostou do quarto?
- Sim, gostei. Mas no quarto da minha casa é melhor. Sabia que a minha mãe é uma ótima cozinheira.
- Não. Você faz faculdade né?
- É.
- Faculdade de quê?
- Estou cursando o último ano de cinema. Eu quero ser cineasta.
- Legal.
- É.
- Quando você vai para faculdade?
- Está ansiosa para eu ir embora né?
- Não. Só quero saber quando você vai voltar para casa no jantar.
- Sei.
- Daniela, vamos tentar se dar bem. Pelo menos faça por seu pai.
- Está bem. Vou tentar.
- Obrigado.
- Nada de abraço. Só um aperto de mão.
- Está bem, obrigado.
- Thaís, vou ir as 5:00 horas da tarde e volto as 7:00.
- Está bem.
Thaís deu um sorriso de confiança para a Daniela e ela respondeu também.
- Então como foi a conversa?
- Foi estimulante.
- Pelo menos não vou precisar me preocupar na hora do trabalho.
- Fica sossegado amor.
Ambos deram um beijo e o celular do Rafael tocou:
- Alô? Chefe.
- Tenho um caso para você e seu novo parceiro.
- Parceiro? Não preciso de um parceiro. Estou bem sozinho.
- Você precisa sim. Esquece seu antigo parceiro. Um novo parceiro vai ajudar no seu novo caso.
- Está bem. Estou indo.
- Você precisa de um parceiro.
- Você também hein. Você avisa para a Daniela?
- Avisar o quê?
- Eu vou trabalhar.
- Mas é fim de semana. É pra nós ficar juntos.
- Vamos ficar juntos. Só vou para saber quem é meu parceiro. Eu volto.
- Promete?
- Prometo. Agora me dá um beijo.
- Você pode me ajudar a preparar o almoço.
- Vou pro meu quarto descansar.
- Está bem.
Departamento policial de São Paulo, conversa entre o chefe Brendo e o Detetive Rafael:
- Posso entrar chefe?
- Pode. Como você está?
- Estou bem. Então qual é o caso?
- Uma garota de 20 anos foi estuprada e morta na faculdade de São Paulo. A USP.
- A USP?
- É. Por que?
- A minha filha estuda nessa faculdade.
- Sinto muito Rafael.
- Tudo bem. Continua.
- Ela foi encontrada debaixo da arvore e levou várias pauladas na cabeça.
- Rafael você está bem?
- Estou.
- Você quer que o seu parceiro cuida do caso sozinho?
- Não. Por falar nisso, cadê ele?
- Ele chegou.
- Oi chefe Brendo?
- Pode entrar meu jovem.
- Oi? Meu nome é Michael.
- Prazer, sou o Detetive Rafael Lemos.
- Qual é o caso, chefe?
- O garoto já quer começar logo. É disso que eu gosto.
- Já falei para o Rafael.
- Chefe posso falar com o senhor a sós?
- Estou saindo.
- Algum problema Rafael?
- É meu fim de semana e prometi para a minha filha que ia ficar com ela.
- Eu sei, mas o assassinato dessa garota aconteceu na mesma faculdade que a sua filha está estudando. Isso não te preocupa?
- O senhor tem razão. Estou indo, obrigado.
Na saída do departamento, Michael e Rafael:
- Eu dirigiu o carro.
- Está bem.
Dentro do carro, uma conversa do passado:
- Então Michael, você é novo aqui?
- Nada verdade, eu estava no Rio de Janeiro. O meu departamento me transferiu para o São Paulo. Foi assim.
- Entendi. Quantos bandidos já prendeu e quantos casos já encerrou?
- Fiquei 20 anos e prendi mais de 50 bandidos.
- E casos?
- Também.
- Muito bem.
- Posso fazer uma pergunta?
- Pode.
- O que aconteceu com seu antigo parceiro?
- Não quero falar sobre isso. Chegamos.
Ambos saíram do carro indo á direção a cena de delinqüência. Rafael:
- O médico legista já viu?
- Sim senhor. Ele está esperando o corpo.
- Muito bem. Qual é o nome da vítima?
- Fabiana Alves. Ela estava terminando a faculdade de Educação de Física.
- Ela foi uma atleta e ia ser uma professora.
- Detetive, é melhor ver isso.
- Um anel de noivado. Ela estava noiva e ia se casar.
Michael faz uma suposição:
- Acho que o autor desse crime só pode ser o noivo.
- Ele é novato?
- Não. Você pode ir embora. Nós vamos continuar o caso.
- Então o que você acha?
- Já temos um suspeito e ele estuda no colégio.
- Como você sabe?
- Por que é um anel de um garoto. Nome dele é Alan dos Santos.
- Como você sabe no nome dele?
- Está escrito no anel. Vamos ao Colégio Hélio dos Anjos.
A equipe da Forense chega ao local do crime:
- Sabia que o senhor está na cena do crime?
- É mesmo? Sabia que eu estou usando uma luva para não pegar os digitais do assassino. Quem é o senhor?
- Eu sou o Júlio e essa é a minha equipe. O Chefe Brendo me mandou.
- Oi? Meu nome é Renata.
- Prazer, sou Fernando.
- Paulo.
- E eu sou a Amanda.
- Muito bem. Péssima apresentação. Sou o Detetive Rafael Lemos e estou cuidando do caso sozinho.
Detetive Rafael sai da cena do crime para fazer uma ligação:
- Chefe, por que você envio uma equipe da Forense?
- Porque você e o seu parceiro precisa de ajuda.
- Nós não precisamos da ajuda de ninguém.
- Rafael, você está muito alterado. Fique calmo.
- Está bem. Vou tentar.
Detetive desliga o celular fingindo que está bem. Ele odeia a Forense, acha que só ele pode investigar o caso e nenhuma equipe de cientistas pode interferir. Júlio:
- Vamos voltar á noite com alguns equipamentos que estão faltando.
- Não diga.
- O senhor tem algum problema comigo?
- Talvez, por que?
- Vocês não vão brigar aqui né? Precisamos se concentrar na morte da garota.
- Você tem razão parceiro. Espero você no carro.
- O que houve com ele? Sempre é assim?
- Ás vezes. Meu nome é Michael Furtado.
- Júlio Rodrigues.
- Prazer. Melhor eu entrar no carro.
- Está bem.
- O que foi aquilo? O que ele fez para você?
- Não te interessa. Vamos ao Colégio.
O colégio Hélio dos Anjos fica em frente á faculdade.
- Pelo menos pode me dizer quem é o nosso suspeito?
- Alan dos Santos. Amigo da minha filha. Estudaram juntos no colégio.
- Você está bem?
- Estou ótimo.
- Diretor?
- Olá Rafael, tudo bem, como está?
- Estou bem. Esse é o meu parceiro Michael.
- Tudo bem com o senhor?
- Tudo. Podem sentar. O que eu posso fazer por vocês?
- Estamos investigando a morte de uma garota de 20 anos, foi estuprada.
- Fiquei sabendo.
- Precisamos conversar com o Alan dos Santos.
- Tudo bem. Ele está no vestiário.
- Foi bom jogo Alan.
- Valeu! Rafael? Beleza?
- Quando tempo eu te conheço?
- Desde a infância. Por que? Houve alguma coisa com a Daniela?
- Não. Sabia que uma garota foi estuprada e morta, brutalmente violentada?
- Sabia.
- Na faculdade da minha filha. Por que o seu anel de noivado estava fazendo na cena do crime?
- Eu não fiz nada.
Detetive Rafael fica nervoso e parta para a ignorância. Ele pega o pescoço do garoto.
- Não estou de brincadeira. Quero saber a verdade agora.
- Você não vai fazer nada?
- É o meu parceiro. Não posso fazer nada.
- Então Alan. Não vai me dizer nada?
- Eu não sei de nada.
Então o Rafael sacou a arma e apontou:
- Sabe o que vou fazer com você se não me dizer a verdade? Estou apontado a arma na sua cabeça e vou adorar ver seus miolos espalhados por todo lado.
- Está bem. Me solta.
Rafael guardou a sua arma e se afastou.
- É o meu anel de noivado sim. Eu e a minha namorada estávamos debaixo da arvore. Dei um para ela e quando pensei que tinha colocado no meu bolso, ela só pode ter caído do meu bolso. Fui isso.
- E no dia do crime? Dia 17 de novembro, o que você estava fazendo?
- Eu estava na biblioteca, quando sair vi um cara discutindo com a garota que foi estuprada. Era tão alto que só eu vi. Eu estava sozinho.
- Tem certeza disso?
- Claro. Espera um pouco. Tinha uma outra garota também.
- Garota?
- Viu ela e o homem?
- Não. Estava escuro e era á noite.
Rafael respirou decepcionado e nervoso.
- Está bem. Você está preso. Suspeito de estupro e assassinato. Tem direito de ficar calado e tem direito de ter um advogado.
- Ei Rafael, o que você está fazendo, se conhecemos desde a infância.
- Pensei que tinha conhecido você.
- Mas eu estou a falando a verdade, merda.
- Não parece. Vou te dar uma chance de dizer a verdade?
Detetive apontou a arma na cabeça do Alan. Michael:
- Rafael, não faça isso.
- Fique fora disso. Vai. Fala a verdade.
- A minha namorada pode confirmar a minha versão.
Detetive ficou com um silêncio intenso no rosto e guardou a arma.
- Está bem, vamos esperar a sua futura noiva no distrito.
Alan concordou e todos foram no distrito. Cristina:
- Cadê ele?
- Cristina, quando tempo, está na faculdade?
Sem mais perguntas, detetive sabia que a Cristina está fazendo faculdade. Então ela deu um tapa dele.
- Eu mereço. Mas tive motivo.
- Cadê ele?
- Ele está na sala de interrogatório.
- O tapa doeu, sabia? Ela tem uma mão pequena, mas pesada.
Cristina foi á sala de interrogatório e conversou com o Alan. Michael:
- Cristina, precisamos interrogá-la.
Então ela foi interrogada. Rafael:
- Você tinha razão. Ela confirmou a sua versão.
- Eu não falei. Pode me soltar?
- Não. Me explica por que o seu anel apareceu na cena do crime?
- Não foi no dia do crime. Tinha perdido o anel antes do crime.
- Quer que eu acredite?
- Mas é a verdade.
- Vamos esperar o resultado do DNA. Sabia que o nojento urinou na garota?
- Sabia. Mas não fui eu.
- Veremos. Vamos esperar até amanhã.
- Por que me odeia, o que eu fiz para você?
- Nada... Ainda.
No dia seguinte, Rafael:
- Acorda adormecida. Você está livre?
- Agora acredita em mim?
- Eu acredito no resultado das evidências.
- Está bem.
- Espera um pouco. Desculpa. Esse trabalho me deixando estressado, a minha relação com a Daniela está difícil. Esse caso...
- Rafael, você precisa descansar.
- Não posso. Eu tenho que encerrar esse caso logo.
- Posso visitar a Daniela?
- Pode. E... Parabéns pelo noivado.
Ambos se abraçaram.
- A Cristina está esperando por você lá fora.
No mesmo dia, Detetive visitou o médico legista para ver o corpo de Fabiana Alves.
- Oi?
- Eu já estava com saudades?
- Muito engraçado. O que você tem pra mim?
- Bom, pra começar, ela resistiu e tentou fugir do estuprador. Tem uma marca de machucado no joelho direito e na cabeça.
- Ela era uma atleta e levou várias pauladas na cabeça até morrer.
- Sim. Quer que eu continue?
- Vá em frente.
- O estuprador tentou duas vezes. Então ele virou a vitima de frente á arvore e continuou. Até ela cansar e caiu no chão.
- Então ela estava viva ainda?
- Estava.
- Ele terminou dando pauladas até morrer. Obrigado.
- Você está bem?
- Estou. Não precisa se preocupar.
No dia seguinte na casa de Jennifer Lemos, ex-mulher de Rafael. Daniela:
- Mãe, preciso te mostrar uma coisa.
- O quê?
- Filha, isso é lindo.
- Foi caro.
- Esse anel é fabuloso. Quando vai sair o casamento? Vai ser aqui né?
- Credo mãe, que brega. Eu prefiro uma igreja.
- Sua boba. Sabia que você foi concebida aqui na cozinha. Bem onde você foi sentada.
- Credo mãe.
Ambos riam até chegar o Rafael.
- Oi pai, chegou.
- Cheguei.
- Você não vai trabalhar?
- Hoje é domingo, Jennifer. E você não tem que trabalhar hoje.
- Ei, vocês não vão brigar agora né?
- Não filha.
- Pai, vai ficar aqui hoje juntos como família?
- Não como família, filha.
- Eu já sabia. Agora pai sai da cozinha que vamos preparar o almoço.
- Está bem.
Um dia de alegria dentro da casa de Jennifer, parceria a família Lemos feliz da vida como era antes, até que o celular do Rafael tocou:
- Alô? Silêncio!
- Brincadeira do silêncio.
- Encontraram o estuprador? Estou indo.
- Pai.
- Desculpa filha.
- Tudo bem. Mas antes de sair, veja o meu anel de noivado.
- É bonito, estou muito feliz por você, mas preciso sair.
- Um beijo pai.
Detetive deu um beijo na filha e foi ao trabalho. Na chegada ao distrito, Michael não queria falar nada á respeito do estuprador.
- Rafael, não faça nada que possa se arrepender depois.
- O que é isso?
- Você não lembra dele?
- Você está bem, parceiro?
- Estou. Vamos entrar.
Na sala de interrogatório, os detetives encaram o mostro e o chefe Brendo assistindo e ouvindo o depoimento atrás do vidro de proteção. Rafael:
- Quem pegou ele?
- Fui eu.
- Muito bem parceiro.
- Ele estava na cena do crime e confessou que foi ele.
O estuprador estava de costa para os detetives.
- Qual é o seu nome?
Ele virou e disse:
- Você sabe qual é o meu nome.
- Vamos ver a sua ficha criminal. Temos um assassino profissional e um estuprador também.
Detetive Rafael viu muitas coisas ruins que ele fez e preferiu não mencionar.
- William Peterson. Por que resolveu confessar o crime?
- Por que eu não queria estar preso sozinho.
- Tem um cúmplice?
- Não. Uma cúmplice.
- Uma mulher?
- A minha futura noiva. Ela descobriu que a Fabiana Alves estava dando em cima de mim e foi ela que planejou o crime. Ela me mandou estuprar a garota e depois matá-la.
- Nossa! Que história. Se tornou um bom contador de histórias. Parabéns.
- Você nem imagina quem foi que planejou o crime não é detetive?
- Me diga o nome dela e onde mora.
- Você sabe.
- Dá pra você parar de fazer charadas. Estou perdendo a paciência com você.
- É mesmo? Sabe a garota que estuprei...
Ele acendeu um cigarro e começou a rir, irritando os detetives.
- Ela era uma gostosa, uma vagabunda.
- Você acha engraçado urinar em uma mulher que estava prestes a realizar um sonho? Terminar a faculdade e se tornar uma professora de educação de física.
- Atleta. Ela era boa.
Detetive Rafael pegou a arma e apontou na cabeça do infeliz:
- Você acha engraçado a morte de uma mulher inocente? Agora acha engraçado eu colocar a minha arma apontada na sua cabeça?
- Você não tem coragem de me matar.
- Você acha que não.
Então detetive apontou e atirou no ombro de William.
- Ai, ai.
- Está doendo? Agora me diga quem é a sua cúmplice?
- É a sua... Filha, Daniela Lemos.
Detetive Rafael ficou em silêncio em alguns minutos.
- É mentira.
- Mentira? Vai parceiro mostra o anel dela.
- Não é possível.
- Está escrito o nome dela. Sinto muito.
- Ela te enganou direitinho.
Detetive Rafael perde o controle e vá pra cima do William derrubando a mesa.
- Seu desgraçado, armou pra ela.
- Calma Rafael.
O parceiro consegui afasta o Rafael e aparece o Chefe Brendo.
- Rafael, fique calmo.
- É mesmo Rafael, fique calmo.
- E você cala a sua boca.
- Está bem chefão.
- Detetive, você não lembra de mim? Fui eu que matei o seu antigo parceiro. Fiquei feliz por você ter se recuperado do coma. Mas é mentira.
Detetive começou a lembrar.
- Seu filha da puta eu vou te matar.
Rafael atirou com a sua arma, mas o chefe e o parceiro conseguiram tirar da mão do detetive. Rafael decidi pegar a prova e ir á casa da Jennifer.
- Rafael, o que aconteceu?
- Você sabe o que a sua filha fez?
- O que ela fez dessa vez?
- Daniela, deixa aqui agora.
- O que está aconteceu?
- Você vai descobrir.
- Oi pai?
- Que oi o quê. Pode me explicar o que o seu anel de noivado estava fazendo na cena do crime que estou investigando?
- O que você está dizendo Rafael? Ela te mostrou o anel antes você de sair.
Rafael tirou o anel do pacote de evidência.
- Está escrito o nome dela. Então Daniela vai me explicar ou não?
- Eu converso com ela e você espera na sala de estar.
Jennifer foi ao quarto para conversar com a Daniela e depois voltou:
- Ela quer conversar com você. Rafael fica calmo.
Chegando no quarto de Daniela, Rafael:
- Filha...
- Eu sei o que você vai dizer. Desculpa pai. Eu só fiz isso porque eu tive raiva e queria mostrar que eu estava triste sobre o divórcio de vocês. Fiquei pensando que vocês não estavam ligando pra mim.
- Por que você não conversou comigo ou com a sua mãe?
- Porque você sempre estava ocupado com o trabalho e a mãe também.
- Filha... Você lembra quando fiquei em coma por 1ano. Foi difícil pra eu esquecer o que passou. Perdi o meu parceiro e não sabia se eu ia acordar algum dia ou não.
- Desculpa pai. Você me perdoa?
- Claro filha, mas não posso fazer nada.
- Como assim?
- Vou mandar um relatório para o meu chefe e provavelmente você vai ser julgada e condenada.
- Não posso ir para a cadeia. Por favor, pai, me ajuda.
- Vou ver o que eu posso fazer.
- Obrigado pai.
- Mas não posso prometer nada.
- Tudo bem. Ele confessou o crime?
- Confessou. E você ia casar com ele.
- Não vou mais.
- Bom mesmo, porque eu não ia deixar você casar com esse nojento.
Detetive saiu do quarto decepcionado, mas feliz. A filha se arrependeu.
- Como foi?
- Foi horrível.
- Quer dormir aqui?
- Posso?
- Claro. Vou ligar para a Thaís.
- Obrigado.
- De nada.
No dia seguinte:
- Pai, você dormiu aqui?
- Esse sofá é ruim, mas dormir bem.
Ambos deram risada como se tivesse esquecido o dia anterior.
- Vai á faculdade?
- Vou.
- Eu levo você.
- Está bem. Tchau mãe, estou indo.
- Vocês não vão tomar café?
- Não estou com fome.
Ambos responderam juntos. Rafael:
- Até mais.
Chegando na faculdade:
- Aqui estamos. Boa aula filha.
- Até mais pai.
- Parece que está indo ao colégio. Uma garota que se tornou uma mulher.
Distrito policial:
- Oi chefe, posso entrar?
- Claro. Você está bem Rafael?
- Estou bem.
- Sinto muito.
- Está aqui o relatório.
O chefe Brendo leu, releu e terminou.
- Muito bem.
- Posso te pedir uma coisa?
- Claro.
- Ontem eu conversei com a minha filha e ela se arrependeu.
- Rafael, você sabe que ser cúmplice de um crime é pior que matar uma pessoa inocente. Ela acobertou um crime.
- Eu sei. Mas ela é a minha única filha. Você não tem uma filha?
- Tenho. Mas Rafael, não posso deixar o culpado sair impune. Você me conhece.
- Sim. Mesmo que seja a sua filha?
Chefe ficou em silêncio por alguns minutos, pensou e respondeu:
- Sim. Mesmo que seja a minha filha.
- Não posso deixar isso acontecer. Ela é minha filha. Não suportaria ver ela na cadeia.
- Então vou ter que de tirar você do caso.
- O quê?
- Abaixe o tom Rafael.
- Não vou abaixar nada.
Detetive resolveu e jogou uma cadeira na janela do escritório do chefe. Todos ouviram. Rafael saiu descontroladamente da sala e logo depois saiu do distrito. Depois de muitos dias de fúria com o chefe, Rafael ficou afastado do caso. Ele ficou cuidando da filha e da futura noiva em casa. Daniela já fez seu depoimento e será julgada. Dia de julgamento:
- Rafael, você está bem?
- Estou. Vamos. Amo você.
Rafael estava se despedindo da Thais com um beijo e foi com seu parceiro Michael de carro até ao julgamento da Daniela. Chegando até o local, o detetive ficou sentando vendo a sua filha no banco de réus. Advogado de acusação:
- Pode me dizer o seu nome, por favor?
- Daniela Lemos.
- Daniela Lemos, filha do Detetive Rafael. Pode dizer ao júri com as suas próprias palavras o que você está fazendo aqui sendo acusada de cúmplice de um crime brutal?
- Foi eu que planejei o crime?
O povo começou a se manifestar.
- Silêncio no tribunal. Continue filha.
- Eu estava noiva do William Peterson e depois vi a Fabiana Alves dando em cima dele e fiquei com raiva. Então mandei o William me encontrar á noite na faculdade. Fabiana pensou que ele ia ficar com ela e me abandonar.
- Mas não foi isso né?
- Não. William começou a tirar a roupa dela e estuprou até ela não agüenta mais.
- E você só ficou olhando e deixou ela morrer.
- Ela ainda estava viva. Eu dei um pau de madeira para o William e ele bateu nela até morrer. Havia muito sangue.
Advogado mostra a prova:
- Esse é a arma do crime?
- Sim.
- Sem mais perguntas meritíssimo.
- Advogado de defesa, perguntas?
- Sim. Daniela Lemos... Seus pais estão separados, certo?
- Está certo.
- Você ficou muito abalada com esse divórcio não é?
- Sim.
- Você ficou com raiva da Fabiana Alves por ela ter dando em cima do seu noivo. Tinha mais algum motivo para planejar esse crime além da raiva?
- Tinha. Eu queria que os meus pais ligasse pra mim. Depois da separação, não me sentia como se eu fosse da família, me sentia excluída. Fiquei triste porque não somos como família dever ser?
- E como a família deve ser?
- Dever ser unida para sempre.
- Sem mais perguntas meritíssimo.
- Você pode sair filha.
Ao lado do advogado de defesa, Daniela ficou olhando para o pai esperando o juiz dizer as ultimas palavras:
- A corte abrirá na sexta de manhã, as 10:00 horas para decidir a vida de Daniela Lemos, acusada de ser cúmplice do assassinato de Fabiana Alves. Sessão encerrada.
Os policiais estavam prendendo a Daniela e o pai saindo do tribunal:
- Pai, por favor, me ajuda. Não me deixa ir para cadeia. Pai, pai.
Daniela repetiu várias vezes, mas o detetive não conseguiu olhar para a filha. Até que ele ficou parado ouvindo o arrependimento dela e saiu do tribunal. Rafael sentou no banco e começou a lembrar quando a Daniela tinha apenas 8 anos. Lembrou da primeira palavra que ela falou: Papai. E começou a chorar. O culpado sempre deixa uma marca no local do crime: Ódio. O julgamento de William Peterson já foi, ele foi condenado 25 anos de prisão. Daniela sabia que o William era um assassino profissional e perigoso. Por isso pediu a ajuda dele. O Juiz Jonas Carvalho é amigo de Rafael Lemos e atendeu o pedido dele. O Detetive pediu para o juiz diminui a pena de 25 anos para 10 anos de prisão se ela for considerada culpada. Rafael decidi visitar o túmulo do seu antigo parceiro Wellington Luís antes do julgamento de Daniela. Michael:
- Olá parceiro? Posso me sentar?
- Pode.
- Seu parceiro? Me lembro do meu antigo parceiro.
- Como ele morreu?
- Ele tinha câncer no pulmão. Pedir para ele parar de fumar, mas ele era teimoso.
- Sinto muito.
- Tudo bem. Falei para ele antes de morrer que ele ia ficar bem. Você é forte. Ele sabia que não ia agüenta mais e sabia que ia morrer.
- Foi seu primeiro parceiro?
- Foi. E ele? Como morreu?
- Wellington Luís era um ótimo parceiro. Éramos os melhores caçadores de bandidos da cidade. No dia do tiroteio, era o ultimo dia do nosso trabalho. Íamos sair de férias, mas ele era teimoso também. Queria fazer seu ultimo trabalho. Era um bairro muito violento, muitas gangues. Conseguimos matar todo mundo menos o William Peterson, ele matou o meu parceiro quando pedir para ele me dar cobertura. Foi minha culpa.
- Não se senti culpado. Você não sabia.
- Tem razão. Quando vi ele no chão, foi terrível. Eu virei pra trás e levei um tiro na cabeça e fiquei em coma por 1 ano. Eu estava praticamente morto, mas o meu cérebro não. O meu coração voltou a bater de novo. Fiquei feliz, mas senti saudade dele.
- Eu sei como é isso. Está na hora do julgamento? Vamos?
- Eu não vou. Vou ver o resultado pela televisão.
- Tem certeza?
- Tenho.
Na casa de Jennifer estavam a Thaís e o Rafael com a TV ligada no canal de noticias. No Tribunal:
- Por favor, todos de pé, juiz Jonas Carvalho.
- Podem sentar. O Júri tem o veredicto final?
- Temos.
- Então leia.
O homem resolve ler, é o resultado:
- Nós do júri consideremos a ré culpada.
- Silêncio no meu tribunal. Levante a ré. Daniela Lemos acusada de ser cúmplice da morte de Fabiana Alves...
Daniela estava preparada para ouvir a sentença:
- Daniela Lemos está condenada á 10 anos de prisão. Sessão encerrada.
Na espera do resultado, todos que estavam na casa de Jennifer estavam ansiosos e nervosos principalmente o Rafael. TV:
- Estamos aqui fora do tribunal e já saiu o resultado. Daniela Lemos é condenada a passar 10 anos na prisão.
Rafael saiu da sala triste e apavorado pensando o que vai acontecer com a Daniela daqui pra frente. A prisão é horrível. 10 anos se passaram, Daniela sai da prisão e consegue terminar a faculdade de cinema. Depois ela começou a ter terapia, ajudando a ter uma vida melhor e tranqüila. Michael agora está com a Jennifer e o Rafael já está casada com a Thaís. Véspera de natal 2017, Thaís:
- Deixa, eu atendo a porta.
- Daniela que bom ver você. Está bem?
- Estou ótimo. Você está ótima.
- Obrigada. E ele?
- É meu terapeuta.
- Oi? Meu nome é Gabriel Dias.
- Tudo bem.
- Cadê o meu pai?
- Ele está lá em cima na varanda.
- Vamos amor?
Depois de 5 meses, Daniela fica noiva do terapeuta. Casa de Jennifer:
- Filha, você chegou agora?
- Cheguei. Oi mãe?
- Oi filha. Tudo bem?
- Tudo bem.
- Doutor, o que você está fazendo aqui?
- Estamos noivos.
- Você está brincando não é?
- Não.
- Sério?
- Pai, é natal.
- Não é não. Falta um minuto. É brincadeira. Mas falando serio, cuida bem da minha filha.
- Pode deixar.
- Vamos á varanda.
A paz voltou a reinar na Família Lemos. Um dia o amor volta. Todos nós temos problemas e sempre temos uma chance de concertá-los. Daniela:
- Pai obrigado pela segunda chance.
- Eu sou o seu pai. Esse é o meu papel. Feliz Natal.
- Feliz Natal.
Detetive beijou na testa de Daniela e ambos se abraçaram.

F I M

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